terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Como Eu o chamo? Meu amor ou meu filho? Parte 2

14 DIAS DEPOIS, ESTER TEVE ALTA NO HOSPITAL…

Voltando para a sua cabana antiga, ficou pasmada com o que viu…
Não acredito! Porque está acontecendo isso comigo?! Eu não mereço isso!- Disse Ester lacrimejando
A sua casa fora esvaziada pelos ladrões…
Apenas encontrara a estrutura física de sua cama, sem colchão, sem roupa de cama…
Imediatamente dirigiu-se ao mercado, comprar alimentos e algumas roupas com o dinheiro que recebera da Enfermeira…
Alguns dias mais tarde, lá estava chorando Ester….
Meu Deus, o que farei? Já não tenho recursos pra viver… O que será de mim e do meu filho que cresce em mim? Lamentou Ester.
Já eram 2 horas da tarde, Ela dirigiu-se ao seu antigo local de trabalho…
♫♪Toc♫♪ toc♫♪ toc! ♫♪
Tocou a campainha…
Abrindo a porta, era Ester do lado de fora….
Olá Ester! O que te traz até aqui? – Perguntou o Celestino!
Senhor, vim implorar-vos por um lugar em vosso estabelecimento… Já não sei onde mais dirigir-me e desempregada, não sei o que será do menino que carrego em meu ventre- Respondeu Ester.
Não chores minha filha… O seu lugar nesta empresa nunca foi entregue a outra pessoa! – Garantiu-lhe Celestino.
Não sei como agradecer-lhe Senhor…Que Deus abençoe-te! – Disse Ester.
9 meses mais tarde, Ester deu a luz a um menino.
Voltando pra casa, encontrou um bilhete em sua porta, que dizia: A Empresa Cosmético, foi a falência…
Sem pensar duas vezes, foi até a um centro de acolhimento e deu seu filho pra adoção!
Ela acabou sendo internada em um hospício por causa de tudo que aconteceu…
5 anos depois, saiu do hospício…
Passou 10 anos em um lar de acolhimento, onde conheceu Frederico…
Apaixonaram-se, viveram juntos e tiveram uma filha chamada Laurinda Silva… Tendo passado 5 anos, Frederico teve um derrame e morreu…
Para sustentar sua filha, Ester foi trabalhar como empregada doméstica em casa dos Simon´s…
Passando 5 meses, Pedro não tirava os olhos daquela empregada…
7 meses depois, Eles encontravam-se e saiam juntos…
Alguns meses depois do namoro, Pedro encontrou Ester deleitando-se ao choro…
Porque choras meu amor? – Perguntou Pedro!
Não aconteceu nada! Apenas emocionei-me… sabe aquelas coisas de mulheres? – Respondeu Ester.
Não acredito? – Pedro
Ester: Porque não?
Pedro: Porque vejo tristeza em seus olhos… Diga por favor o que está acontecendo!
Desculpa meu amor… Não quis preocupar-te com meus problemas do passado! – Respondeu Ester.
Eu agora faço parte da sua vida… Tu podes falar comigo sobre o teu passado, o nosso presente e o futuro… Respondeu Pedro.
Ester: Pedro, quando fui adolescente, fui violentada e espancada por uma gangue quando ia pra minha casa… Acontece que eu acabei ficando sem emprego e não tive como sustentar o meu filho… Tive de entrega-lo pra adoção e eu fiquei 5 anos internada em um hospício, porque quase enlouqueci com o que aconteceu.
Agora tenho seguido pistas para saber quem é a família que acolheu meu filho, mas até aqui não tenho notícias coerentes sobre o paradeiro de meu filho… Meu primo Tiago e Feliciano o irmão do meu falecido marido, têm trabalhado arduamente neste caso pra encontrarem o meu filho… Mas sem sucessos!
Amor, nem sei o que dizer… - Respondeu Pedro com lagrimas nos olhos…
Abraçaram-se…
Alguns dias depois…
Pedro: Ester, Ester, por favor chega até aqui!
Eis-me aqui meu bem… Respondeu Ester.
Ajoelhando-se, Pedro disse: Ester, queres casar-te comigo?
Chorando, disse Ester: Sim, meu amor! Eu quero casar com você meu anjo lindo!
Foram feitos preparativos pra a cerimónia matrimonial…
2 Horas antes do casamento, ligou Tiago pra Ester… Mas Ester não atendia o telefone… Tiago havia descoberto o paradeiro do filho de Ester, o qual havia entregado pra adoção.
Percorrendo quilómetros de distância, Tiago encontrou a cerimónia do casamento já iniciada… A distância Tiago ouviu do Conservador, dizendo: “Se alguém tiver algo a dizer contra este casamento, que diga agora ou cale-se para sempre”.
Tiago gritou dizendo: Eu tenho uma razão para que este casamento não se realize.
O que pensas que estás fazendo Tiago?- Perguntou Ester
O que está acontecendo Tiago? Perguntou Pedro!
Pedro é o seu filho que procuras há 20 anos… Pedro é o rapaz que deste pra adoção- Respondeu Tiago!
Eis os documentos que confirmam isso e o Senhor Simon sabe disso… Acrescentou Tiago.
Desfaleceu Ester…
Pedro teve um ataque cardíaco…
Imediatamente foram levados à uma unidade hospitalar mais próxima… Horas depois, recuperam e deram-lhes alta…
Colocado um frente ao outro, perguntou ESTER:
COMO EU O CHAMO? MEU AMOR OU MEU FILHO?


FIM


ESCRITO POR: PAULO TCH. C. ISAAC

CALOMANDA/HUAMBO/ANGOLA
*Respeite os direitos autoriais

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

COMO EU O CHAMO? MEU AMOR OU MEU FILHO? PARTE 1

COMO EU O CHAMO?
MEU AMOR
OU
MEU FILHO?


“PERSONAGENS”
Ester Silva
Frederico Silva
Tiago Tomé
Laurinda Silva
Feliciano Jamba
Os Simon´s
Pedro Simon
Celestino Domingos




Nos subúrbios de Nova Lisboa, vivia uma bela jovem chamada Ester Silva
Lá vinha ela pelos arredores dos guetos que davam acesso a sua cabana após o trabalho… Sua estrutura física mostrava que ela esteve fatigada até ao último osso do corpo, mas apesar disso, no seu rosto morava um semblante como de alguém que tivesse apanhado uma mala repleta de dinheiro!
Seus passos eram como assovios de pássaros, chamando a atenção dos demais utentes da via pública… Contempla-la a caminhar, era como estar num evento de passarela!
Sorrindo pra todos, mandando beijos com o vento e saltitando com seus belos sapatos de fada, ela chegava em seu aposento… Cem metros antes de sua casa, la estava uma gangue de traficantes de drogas e sem importar-se com isso, ela aproximou-se e já tendo passado os meliantes do gangue, olhou para trás e eles sentiram-se ameaçados por ela, de modos que chamaram-na com armas para que parasse.
Tendo parado, aproximou-se o líder do gangue e disse-lhe:
Porque olhaste pra trás?
Apenas quis certificar-me que ninguém estava a seguir. – Respondeu Ester!
O líder do gangue: Agora terás problemas por teres olhado pra trás!
Ester: Por favor, não me façam mal! A minha boca é como um túmulo no que se refere ao que acabei de ver!
As coisas não são bem assim. Respondeu o líder do gangue com um tom de rugido de leão!
Ester: por favor! Não me façam mal! Imploro-vos!
Deia um tiro nela, gritou ao líder, o outro membro do gangue!
Não! Não farei isso! – Respondeu o líder do gangue! Vá e não olhes para trás, pois; uma garotinha como você, tem muito o que fazer por este país; - acresceu o líder do gangue!
Dando Ester meia volta, pra continuar sua caminhada, ouviu 3 disparos de uma arma; virando-se novamente, vê pelo chão, o líder do gangue que à defendeu!
Socorroooooooooooooo! – Gritou Ester!
O outro membro do gangue, agarrou Ester, espancou-a e violentou-a!
Depois deste sucedido, foi mandada embora!
Caminhando sem energias, tropeçou em seus passos e desfaleceu!
Caiu sobre ela uma torrencial chuva e não havia ninguém pra remove-la daquele lugar e leva-la ao hospital!
Depois de algum tempo, recuperou o fôlego e arrastou-se pelo caminho até a porta do hospital, toda ensanguentada e quase sem roupa!
Foi levada urgentemente para os serviços de emergência, porque entrara em choque e ficou dias em coma!
Era 13 de Maio, dia de seu aniversário, que ela despertou do coma e nem se quer havia alguma flor de presente no seu quarto…
Mergulhada na angústia, seu rosto ficara como de um bebé que precisa ser amamentado e nem precisou levantar-se pra lavar o rosto, simplesmente precisou de uma toalha pra enxugar, porque as lágrimas já haviam lavado o seu lindo e triste rosto!
♫♪ “TOC, TOC, TOC, TÔ”♫♪
Ouvia ela este som pelo corredor do hospital, aproximando-se do seu quarto!
Sem demora abre-se a porta do seu quarto e era a enfermeira…
Estou muito mal enfermeira? – Perguntou Ester!
Não Ester, você está óptima, apenas algo importante e sério desejo informar-te? – Respondeu a Enfermeira!
Ester: O que está acontecendo? Diga-me por favor!
Enfermeira: Sabe, Ester, não sei como dizer-te, perdoa-me, mas terei que dizê-lo! Tu estás grávida!
Meu Deus! O que será de mim? Tenho apenas 16 anos! A minha vida acabou!  – Respondeu Ester!
Não fique assim minha linda- Respondeu a Enfermeira com lagrimas nos olhos, porque era apenas uma menina que se tornaria mãe!
Estou perdida! Quem me dera ter morrido naquele beco! – Disse Ester.
Enfermeira: Não diga isso! Você não tem alguém que pode coadjuvar-te?
Com lágrimas nos olhos, respondeu Ester: Não! Eu vivo sozinha! Sou órfã de Pai e Mãe!
Sem saber o que dizer, apenas a enfermeira abraçou Ester e disse: Tenha fé em Deus, Ele fará algo por você!
Que suas palavras sejam ouvidas! – Respondeu Ester
A Enfermeira pegou em seu salário, dividiu-o ao meio e deu uma parte a Ester, dizendo:
Não tenho tanto, mas o pouco que tenho, toma este pedaço e tenta fazer qualquer coisa!
Ester, emocionada disse: Que Deus te conceda muitas bênçãos!

Abraçaram-se e entregaram-se ao choro!

FIM DA PARTE 1!
AUTOR: PAULO TCH. C. ISAAC
HUAMBO/ANGOLA
#Respeite os direitos autoriais.